Tenho as minhas… fumo charuto social e anti-socialmente (e nem precisa ser um charuto caro, dependendo da hora até os de 2 reais a unidade estão valendo!). Socialmente, depois do churrasco, de farra e dividido, ‘cada um dá uma puxada’ (se estiver frio, então, é 10!). E anti-socialmente, sozinho, em momentos de reflexão mais séria. Não faço isso sempre (minha sobrinha deu-me três cubanos de presente, e seis meses depois ainda tenho dois e meio!), mas faço. É bom alertar.
Gosto de música, gosto demais, mais que a média. E gosto de ouvir dirigindo também. Há uns quinze anos, peguei o gosto e a manha de instalar um bom som nos carros que tive. A esmagadora maioria das pessoas pagaria para alguma loja instalar; eu faço isto em casa, no apartamento, onde eu puder e estiver. Se eu pagar para alguém fazer isso, um de nós acabará maluco de raiva e desistirá do negócio. Já aconteceu. Nada de som alto, mas sim de qualidade…. então, se me virem com tinta nos braços, cola de sapateiro nos dedos, mãos arranhadas, fita isolante presa no cabelo, ou se meu carro estiver sem carpete ou forros de porta, não estranhem.
E eu torço (ou ao menos simpatizo) com o Olaria. É, o time de futebol carioca, do estádio da rua Bariri. Jamais estive lá; o máximo que cheguei foi, talvez, em projeto (meu projeto é carioca da Lapa, mas a gestação foi no frio curitibano e nasci pé-vermelho, no norte do Paraná). Mas quando me perguntam ‘qual seu time’, a resposta vem na hora: Olaria. É um time simpático, que luta pra sobreviver, brasileiríssimo neste sentido. Acho até mais brasileiro que os grandes times, que já esqueceram destas dificuldades todas. E nunca, jamais alguém me incomodou numa segunda-feira, comentando o placar do Olaria, ou sua classificação no campeonato. A felicidade, às vezes, está nas coisas simples.