Taí uma esquisitice que eu gosto… Chills, fazem um som diferente (já era diferente do ‘bolo’ nos idos de 80, e agora soam ainda mais fora do comum), uma linha de baixo consistente e uma guitarra sempre acertada com os vocais (e principalmente, com as ótimas letras) de Martin Phillipps. Conheci os neo-zeolandeses por uma versão feita pelo House of Love, uma das minhas bandas favoritas, do hit Pink Frost. Pink Frost não é exatamente uma música ‘digerível’ – ao menos o tema – mas tem uma linha de baixo realmente empolgante, e uma melodia que ‘gruda’ no ouvido por dias.
A música acima, embora menos conhecida, considero mais representativa dos Chills… letras inclusive. Fala da sensação de que deve haver um mundo enorme, desconhecido, a ser explorado lá fora; a idéia de que, ‘fora daqui’, pessoas e vida serão melhores. Fala de uma vontade de fuga, total, que vivi (e vivo, esporadicamente), e conheço bem. Uma ilusão necessária.
“I sit here and wonder
I wonder what’s out there
I wonder what’s out there?
I hope they can hear me
I’m making plans for the great escape
The great escape from here
I’m taking off for a better place
and better people who care
And no-one can hear me
No one can hear me
There’s light and there’s dark
and sometimes I just can’t tell them apart
I’d rather drink a wishing well
if this is the way things are
And no-one can hear me
No-one can hear me
No-one can see me
and no-one comes near me
No-one”