Não sou muito dado a balanços de final-de-ano, mas este 2008, especialmente, está merecendo um. Vamos lá:
- Peguei menos estrada do que gostaria. Viagem de janeiro muito curta (só 3000 km), uma ou outra saída pra Chapada… queria mais estrada. Aliás, a falta foi tanta que, algumas vezes, fugi pra estrada na hora do almoço, ou no domingo à tarde, absolutamente sem rumo… 🙂
- Descobri um monte de novos sons, livros. Foi uma boa temporada para isso; já filmes, faltaram… ou melhor, faltou foi procurá-los.
- Finalmente, depois de 5 anos e muitas angústias, chegou-se a um acordo sobre minha carreira, na empresa onde trabalho. Pública, estadual, e ambos metidos (nós, funcionários, e a empresa) em uma confusão que atravessou 3 gestões diferentes e duas instâncias do judiciário.
- Deixei por um ano meu curso de Direito de lado. Não havia como conciliá-lo com a bagunça em que me encontrava. Sinto saudades das aulas de 2007, especialmente de algumas disciplinas em que o “vôo” das idéias era possível. Aproveitei cada segundo, cada chance de perguntar, questionar, pedir dicas de leitura, autores,discutir algumas idéias… só estas horas já valeram o esforço. Tomara que o restante do curso possua alguns momentos assim, e não seja algo muito monótono.
- Redescobri a água… e que maravilha a piscina… acho que nasci para isso mesmo. Tá me salvando, em muitos sentidos! 😉
- Com a bagunça que se tornou minha vida nos últimos tempos, abandonei muitos sonhos, muitas metas importantes para mim. Entrei em uma espécie de “modo de segurança”, foquei-me na sobrevivência (material e, por que não, psicológica também?) e mandei dois ou três anos, infelizmente, para o limbo. Errei, reconheço, e estou corrigindo isso, retomando estes sonhos.
- Resolvi dar uma atenção a este site, que já é antigo, mas estava bem abandonado… gosto de vê-lo ganhando conteúdo aos poucos.
- Precisei várias vezes de apoio dos amigos e, felizmente, tive (e com uma dedicação muito maior do que aquela que eu merecia, eu acho). Espero não tê-los preocupado demais, e agradeço de coração a força que me deram.
- Voltei ao bom hábito das longas caminhadas, com calma. Troquei a rua pelo parque (que delícia, o Parque Mãe Bonifácia!), mas a sensação única do caminhante sem compromissos e curtindo a seu modo o instante, está lá, preservada.
Enfim, 2008 ainda não acabou, e pode guardar algumas surpresas (boas, espero). Até o momento, é o que eu consigo identificar de relevante, suficiente para transformá-lo em um ano “diferente”. Se estou feliz, ou chateado com ele? Não sei, nem posso julgar. Com o tempo eu descubro. 🙂